No dia 11 de dezembro a equipe do Projeto Lean nas emergências concluiu a primeira fase da consultoria no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). A equipe que é referenciada do Hospital Sírio Libanês de São Paulo, apresentou durante a solenidade, os resultados de quatro meses de mudanças operacionais no HRMS.
As visitas dos técnicos e especialistas do Lean, ocorreram quinzenalmente e puderam diagnosticar as prioridades de alterações que o hospital apresenta, dentre elas o fluxo no PAM (Pronto Atendimento Médico), um dos principais objetivos desta consultoria.
Pós o diagnóstico, praticas funcionais foram elaboradas e executadas para otimizar o tempo de espera e a rotatividade no PAM, com capacidade de 77 leitos, a rotina anterior do setor era atender cerca de 110 pacientes, ocasionando a superlotação.
Com as alterações significativas sugeridas pela equipe Lean, essa realidade gradativamente foi mudada, e raramente o PAM do HRMS superlota, confirmando os dados está o levantamento dos consultores, a rotatividade dos leitos de emergência pulou de 4,1 para 5,8, o fator de utilização dos leitos, que era de 137%, passou para 118% (o ideal é abaixo de 100%), o tempo médio de permanência do paciente (medido em dias) era 9,7 passou para 7,6 (redução de 22%).
A consultoria agora acontece de longe, porém o trabalho em equipe e as sugestões não sofrem alterações. Para a Diretora Presidente, Doutora Rosana Leite de Melo, receber essa consultoria agregou melhorias significativas ao hospital,”Auxilio como este é fundamental, pois otimiza o atendimento ao público, e a nova gestão prioriza administrar da melhor forma a fim de contribuir com atendimento de saúde eficaz”.
A Enfermeira Ana Paula Cangussu do NIR (Núcleo Interno de Regulação) realizou um discurso representando toda a equipe multiprofissional do HRMS.
“Celebrar entre as definições no dicionário, significa realizar cerimônia ou festa para assinalar algo importante e, hoje estamos reunidos para celebrar os resultados do projeto Lean nas Emergências do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.
Evidências mostram as dificuldades nos serviços de emergência, a superlotação e o desafio de usar o recurso certo, para o paciente certo, no lugar certo, no tempo certo e com a equipe certa é uma rotina nos hospitais de todo pais.
Com o Projeto o hospital Regional teve a oportunidade de aplicar ferramentas para melhoria dos processos, atender um maior número de pacientes, com melhor qualidade e celeridade, com maior satisfação dos mesmos e das equipes e usando os mesmos recursos disponíveis. Durante as visitas nestes 6 meses entendemos que era preciso mudar e, o Lean trouxe para a instituição muitas mudanças, afinal Einstein diz que insanidade é fazer as mesmas coisas todos os dias e esperar resultados diferentes, então neste período compartilhamos experiências, os pontos fracos foram melhorados e os fortes aprimorados, através da metodologia, desenvolvemos protocolos que transformaram não só o pronto atendimento médico, mas o hospital como um todo.
A filosofia lean aos poucos foi nos moldando e também tomando a nossa forma, o nosso jeito e, por meio dela inserimos nos processos assistenciais um novo olhar, com ela aprendemos a matemática que a saída deve ser maior que a entrada, o tempo de espera não agrega valor. pacientes em corredor tem que ser exceção, tempo porta/medico é indicador, taxa de ocupação, permanência e rotatividade medem nosso desempenho, kanban é por paciente, a alta deve ser programada, ser até as 10h e com check list que, o banco de dados do sistema tem mais informações que imaginamos, o NIR tem autonomia e que leito vago é leito ocupado, o huddle tem horário: as 10h e as 15h, 5 S é base de transformação, PCP não é rotina, se todos fizerem a sua parte que, somos uma engrenagem e que não enxugamos gelo mas quebramos iceberg, entendemos que a mudança não é dolorosa, mas a resistência a ela sim e mesmo, tudo parecendo ser obstáculo não é a força do gotejar da água que fura a pedra e sim a persistência incansável desta ação. “Se eu concordo comigo mesmo” ou se “eu prefiro o outro” não importa, “sem dados não há gestão”.
Somos 100% SUS e com muitos desafios, mas a força de acreditar e querer dar certo dentro de cada servidor é capaz de transformar qualquer realidade. Nos foi dada uma missão, foi árdua, mas encerramos o primeiro ciclo, missão dada é missão cumprida. E que venham outros desafios”.
Iza Rocha – Assessoria de Imprensa