Trinta anos de carreira profissional da farmacêutica bioquímica Eunice Cunha proporcionaram um convite de honra à médica. Ir para a África, mais precisamente em São Tomé e Príncipe, para instalar seu método de trabalho em tratamento com tuberculose destinado a população carente da região.
Só no LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública) a doutora tem 35 anos de vínculo, destes, 30 esteve se especializando no completo tratamento para tuberculose, inclusive suas pesquisa e especializações resultaram no diagnóstico precoce da doença na população indígena.
Em julho de 2017 três técnicos em enfermagem vieram do continente africano para Campo Grande, onde puderam participar de um treinamento teórico e prático de tuberculose, ocasião onde aprenderam a fazer cultura, padrão ouro de diagnóstico, a partir disso aprenderam também a realizar exames para testar a resistência do paciente para drogas e medicações, além da fabricação de insumos, todo esse processo ocorreu no LACEN. Agora a Doutora Cunha se prepara para viajar até a África para auxiliar na instalação dos procedimentos com o objetivo de melhorar a situação médica dos pacientes da região.
Em 2009 o reconhecimento veio devido ao melhor trabalho em bacteriologia, durante congresso internacional de analises clinicas, já em 2012 ganhou devido à descentralização em área de fronteira em Corumbá, o prêmio nesse caso, foi apresentar o projeto no Canadá.
O currículo que une dedicação, força de vontade e empenho, foi fundamental para que o Ministério da Saúde a escolhesse para representa-lo na aplicação desse segmento médico em outro país, tudo foi possível graças a parceria do Ministério da Saúde e Ministério das Relações Exteriores, “ Eu quero acreditar que contribuo com o meu serviço, tudo o que está acontecendo hoje é resultado de muito trabalho e dedicação, nós cuidamos da população indígena, da carcerária, e nossos índices demonstram grandes avanços com relação a tuberculose, então levar esse conhecimento para um lugar que carece tanto de cuidados com a saúde, faz a caminhada valer a pena”, declarou a médica.
Iza Rocha – Assessoria de Imprensa