Pacientes contam com suporte da equipe multidisciplinar, exames laboratoriais e clínicos e de outros médicos do Hospital Regional Rosa Pedrossian (HRMS).
O maior Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Mato Grosso do Sul atende pacientes de todo Estado que necessitam de suporte à vida. Além dos médicos intensivistas e das equipes multidisciplinares, conta com apoio de profissionais médicos de outros setores e de uma série de exames clínicos e laboratoriais no suporte aos atendimentos.
De acordo com a coordenadora do CTI, médica intensivista, Paula Ricci Barbosa, atualmente o Centro de Terapia Intensiva do HRMS conta com duas ilhas de 10 leitos. “Cada ilha de um CTI é chamada de UTI [Unidades de Terapia Intensiva]. Nossa rotina obedece uma sistemática. Pela manhã os pacientes são examinados, checamos os exames e todo dia tem o round médico, que é a discussão clínica de cada um dos pacientes entre todos os médicos plantonistas. Na parte da trade, estamos trabalhando para implantar um projeto de visita multidisciplinar, no qual vamos de leito em leito com nossa equipe fazer avaliação individual”, conta.
Para o atendimento dos pacientes acamados, a equipe do CTI conta com suporte e outros médicos e profissionais do HRMS. “Temos tudo o que a regulamentação da UTI pede, que são os exames complementares necessários, suporte com hemodiálise, exames laboratoriais de investigação, radiologia, ecocardiograma, cardiodiagnóstico. Tudo isso dá suporte para o nosso trabalho”, pontua.
Outro serviço importante que auxilia os atendimentos no CTI para ocupação de vagas é a linha de assistência de paciente clínico. “Esse trabalho é feito por um médico intensivista que dá suporte a todos os pacientes que precisam de UTI e não tem vaga no momento. A linha faz a lista conforme prioridade, com base na AMIB [Associação de Medicina Intensiva Brasileira], com o ranking de colocação de qual paciente vai vir para a UTI. Para se ter uma ideia, nós temos mais de 100% de ocupação por mês, porque alguns leitos são ocupados por duas pessoas no mesmo dia, ou seja, assim que um sai, no mesmo dia outro paciente entra”, explica a coordenadora.
Os pacientes do CTI são aqueles que necessitam de suporte à vida, mas não necessariamente estão inconscientes. Fazem uso de ventilação mecânica ou medicação contínua que tem um cuidado maior para ser administrada e que devem ser feitas, exclusivamente, na UTI. Como o HRMS é um hospital que atende pacientes clínicos, a clientela é geralmente de pessoas que fazem acompanhamento no ambulatório do próprio hospital ou referenciados tanto de Campo Grande quanto do interior do Estado.
“Chegam, são internados e caso não apresentem algum problema mais grave, entram na linha de cuidados intensivos. Temos terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, na nossa equipe. Existe ainda em andamento um projeto de implementação de dentistas, conforme determinação de uma portaria do Ministério da Saúde. Então, oferecemos uma equipe ampla de profissionais para atender os nossos pacientes e mais a retaguarda fora da UTI que é o centro cirúrgico sempre disponível com cirurgião torácico, hemodinâmica, ultrassom, cardiodiagnóstico, entre outros”, destaca.
Um dos avanços do setor, segundo a médica, foi a criação do colegiado, que tem atuado de forma determinante e envolvidos todos os servidores nos cuidados com os pacientes. “Temos o colegiado, que foi eleito democraticamente e é composto por representantes dos servidores de natureza transdisciplinar, ou seja, por todos que trabalham desde equipes médicas, até administrativa. Por meio dele, trocamos informações e traçamos metas de desempenho, estimulando toda a equipe para seguir no mesmo caminho, raciocínio e empenho. Por meio dele estamos indo atrás de curativos mais modernos, sistema de monitorização novos, entre outras medidas. A medicina evolui muito rápido e acompanhar é realmente complicado para qualquer hospital, mas a gente tenta sempre estar o mais atualizado possível”, pondera Paula.
A enfermeira assistencial, Nhatália Marina Souto Stradiotto Benito, conta que nos últimos anos o CTI passou por uma mudança muito grande e que vem melhorando a qualidade de equipamentos e estrutura. “Melhorou tanto na quantidade de leitos quanto na qualidade do material. Hoje nós temos ventiladores mecânicos modernos com gráfico, nosso sistema de monitorização está muito melhor. Nossa UTI é muito boa e não perde em nada para outros hospitais, nem mesmo os particulares”, ressalta.
Conforme Nathália, o setor foi reconhecido pelo núcleo de cuidados com os pacientes do HRMS, como um dos que mais realizam medidas para combater infecção, ficando em primeiro lugar durante três meses consecutivos. “Nós precisamos melhorar muitas coisas, mas temos muito a comemorar nesses 20 anos. Na questão de equipamentos, temos um dos melhores respiradores do Estado, até mesmo a estrutura medicamentosa e de antibióticos. Nossa equipe multidisciplinar é fantástica o oferece a todos os pacientes atendimento integral”, finaliza.
Texto e fotos: Diana Gaúna – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)