O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), por meio da Coreme (Comissão de Residência Médica), formou 38 novos médicos especialistas. A formatura acontece na sexta-feira (31), no auditório da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.
O Programa de Residência Médica do HRMS foi criado em 2003 e, desde então, 461 residentes já se formaram. Neste ano, entre os formandos, têm especialistas de 11 áreas: anestesiologia, cirurgia geral, clínica médica, ginecologia e obstetrícia, medicina intensiva, neurologia, pediatria, cardiologia, coloproctologia, gastroenterologia e nefrologia.
O secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, participou da formatura e destacou a importância do período de residência na vida dos médicos. “Finalizar a residência é apenas mais uma etapa da exitosa vida que vocês vão ter. Tenho certeza porque, depois da residência médica, me senti preparado para a atividade médica. Depois da residência, fiz algumas pós-graduações e cursos de aperfeiçoamento. Mas, 30 e poucos anos depois, posso dizer que a residência foi o que mais impactou minha jornada como profissional médico”, afirmou.
Diretor-geral do HRMS, o médico Paulo Limberger destacou a importância do HRMS para a socidade. “Todas as vezes que a sociedade clama, o hospital está lá. Estamos vislumbrando um futuro muito melhor para o hospital. Espero que vocês possam viver isso também, no futuro, como colegas, preceptores. E agradecemos aos pais por terem nos entregado os filhos de vocês. Agora, os entregamos como especialistas”, destacou, durante o discurso.
Hospital-escola
Uma das formandas foi a médica Isabelly de Arruda Slavec, de 30 anos. Agora, ela é neurologista, mas o caminho até se tornar uma especialista foi longo. “Sempre quis fazer neurologia. Tentei três vezes. Na última, quando fiz a prova, estava grávida de 8 meses. Estava ansiosa para entrar, mas com medo também por causa do bebê. Quando o resultado saiu em fevereiro, meu filho tinha um mês e meio”, relembra a médica.
Isabelly conta que ficou surpresa com a conduta humanizada do hospital, desde o início. “Cheguei a fazer uma carta pedindo pela licença maternidade, mas nem precisei entregar. Quando fiz a matrícula, já me disseram que poderia começar depois da licença maternidade. Fiquei aliviada, emocionada e feliz por conseguir me organizar. Quando comecei, de fato, fiquei em um estágio mais tranquilo, que me permitia ir à minha casa no almoço para amamentar meu filho, que hoje tem 3 anos. Fico feliz em terminar a residência. Todos meus chefes são excelentes profissionais e sabem passar isso para a gente. Pegaram na nossa mão e nos ensinaram mesmo”.
Para a médica e coordenadora da Coreme do HRMS, Ana Carulina Guimarães Belchior, os hospitais escola são vitais para formar profissionais de saúde e atender a população. “Esses espaços, como o HRMS, oferecem prática essencial, permitindo que estudantes e residentes apliquem teoria em situações reais, desenvolvendo suas habilidades clínicas. Além disso, promovem educação contínua e colaboração entre diferentes áreas da saúde, mantendo os profissionais sempre atualizados. São também centros de inovação e contribuem para o avanço do conhecimento médico. Preparam médicos para o futuro e melhoram o padrão de saúde na sociedade”, explica.
A formatura dos residentes, segundo ela, é um momento de testemunhar o sucesso de um processo educacional. “Sabemos que cada um deles está agora preparado para fazer contribuições significativas à saúde da sociedade. Há também um imenso orgulho e satisfação em observar o crescimento profissional e pessoal dos residentes”.
Preceptores do HRMS participaram da solenidade e foram homenageados pelos residentes. Também participaram da cerimônia as diretoras Técnica e de Ensino, Pesquisa e Qualidade Institucional do hospital, respectivamente, Patrícia Rubini e Roberta Higa.
Patrícia Belarmino, Comunicação FUNSAU/HRMS