As medidas fiscais mais duras tomadas pelo Governo do Estado, no ano passado, como a taxação de produtos supérfluos (cigarro, fumo, bebidas, cosméticos e outros), e o rigor da administração na redução drástica do custeio da máquina, foram fundamentais para garantir o equilíbrio financeiro, pagamento em dia dos salários dos servidores e cumprimento de entregas (obras e serviços) à população.
A avaliação foi feita nesta terça-feira (18) pelo governador Reinaldo Azambuja, durante entrevista ao programa Tribuna Livre da Rádio Capital, em Campo Grande, quando desmentiu especulações em relação ao parcelamento do 13º salário do funcionalismo (ativo e inativo), que será pago integralmente no prazo previsto em lei em dezembro. Serão R$ 400 milhões em parcela única injetados na economia dos 79 municípios.
Azambuja falou das dificuldades financeiras da maioria dos estados, em razão da crise econômica e redução de repasses constitucionais, onde Mato Grosso do Sul se sobressai ao cumprir suas obrigações, como pagamento em dia dos salários, fornecedores e obras contratadas. Também ressaltou que contou com o apoio de todos os deputados estaduais para preparar o Estado para o atual cenário ante a falta de recursos com a economia em retração.
“Avançamos muito, mas não somos perfeitos e aceitamos as críticas construtivas, contudo, não podemos admitir aquelas com cunho eleitoreiro, nas quais quem hoje nos critica ajudou a aprovar todos os projetos de revisão de algumas alíquotas de tributos e impostos e também a contratação das OS (Organizações Sociais), parcerias do governo na administração de algumas unidades hospitalares”, afirmou o governador.
Prioridades
Azambuja fez um balanço de 22 meses de governo e ressaltou que o Estado, no período, não apenas saneou suas finanças e cumpriu suas obrigações, como aumentou os investimentos em setores prioritários da população, como saúde, segurança e educação. Citou que o governo trabalha em várias frentes e vem sustentando o fortalecimento do setor produtivo e atração de capital privado, colocando Mato Grosso do Sul como o quinto estado mais competitivo.
“Os meios de comunicação, como a Revista Veja e o jornal Estadão, divulgaram o resultado de uma consultoria britânica, onde nosso Estado subiu de 9º para a 5º posição no ranking da competitividade. Isso é resultado das políticas arrojadas que implementamos e potencializam nossas vocações no campo da produção, seja por meio de incentivos, busca da parceria privada e, sobretudo, confiança no governo”, frisou.
A posição privilegiada hoje de Mato Grosso do Sul em relação às suas finanças, segundo o governador, se deve ao planejamento e responsabilidade da gestão do PSDB. “Gastamos menos com o governo e mais com as pessoas”, disse. “Não estou administrando aquilo que é meu, do Reinaldo, mas aquilo que é nosso, do povo, que contribui com seu imposto esperando um retorno de qualidade de serviços”, acrescentou.
Menos violência
Na entrevista, Azambuja falou dos avanços conquistamos nestes 22 meses na saúde, segurança e educação, cujos investimentos foram destinados, em grande parte, a Campo Grande, que absorve as grandes demandas do interior e detém 34% da população do Estado. Também citou a habitação, onde, no período, seu governo entregou 10.166 novas moradias – média de 15 casas por dia – e dobrará os investimentos em 2017 com os programas Lote Urbanizado e Cheque Moradia.
Na segurança – mencionou, nunca se investiu tanto na formação e reaparelhamento das unidades policiais com nestes quase dois anos. Somente o programa MS Mais Seguro terá R$ 96 milhões, com previsão de entrega, no dia 21, da segunda etapa de equipamentos – 170 viaturas, armamentos modernos e coletes à prova de bala. “400 novas viaturas vamos entregar até o fim do ano”, garantiu, apontando os indicadores que comprovam a redução da criminalidade no Estado.
Mais leitos
No setor da saúde, Azambuja disse que as demandas supridas pela Caravana da Saúde em exames e consultas, na Capital, são decorrentes da má gestão dos últimos prefeitos, “os quais tornaram o sistema deficiente, à beira do caos”. Disse que as 48 mil consultas e os 13.100 exames realizados em Campo Grande exprimem a realidade daqueles que não conseguem realizar um procedimento no posto de saúde ou numa UPA por falta de aparelhos, médicos e medicamentos.
“Nada funciona na saúde pública da nossa Capital e se a prefeitura não faz a sua parte, sobrecarrega os hospitais”, observou. “Muitos que hoje nos criticam ficaram 16 anos na prefeitura e entregaram uma saúde debilitada, deixando a população totalmente desprovida de assistência. Não aumentaram um leito de UTI, ao contrário do nosso governo, que ampliou em 50%, e até 2017, com a conclusão dos hospitais do Trauma e de Câncer, disponibilizará mais 400 leitos”, completou.
Sílvio Andrade (texto) – Chico Ribeiro (fotos).