Campo Grande (MS) – Outubro é um dos meses mais importantes para a saúde da mulher, isso porque, no começo dos anos 80 a americana Susan Goodman foi diagnosticada com câncer de mama aos 33 anos, e faleceu três anos após, vítima da doença. Nancy Goodman, irmã de Susan, prometeu que faria de tudo para lutar contra o câncer de mama, ela acreditava que se durante o tratamento, se a irmã tivesse mais informações, poderia ter sido diferente. Para ajudar outras mulheres, Nancy fundou a “Susan G. Komen for the Cure”, em memória de sua irmã.
Já no Brasil, a campanha teve início em 2002, ganhando apoio oficial do Instituto Nacional de Câncer (INCA) em 2010, que abraçou a causa e promove ações e debates, além de produzir materiais e recursos educativos para ampliar informações sobre o câncer de mama.
O INCA informa que o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama, esse processo gera células anormais que se multiplicam e formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama, por isso a doença pode evoluir de diferentes formas. A estimativa para novos casos de câncer de mama em 2020 é de 66.280 pessoas diagnosticadas com a doença, outro dado alarmante é que são quase dezoito mil óbitos devido a este tipo de câncer.
É importante ressaltar que o câncer de mama tem diversas causas, uma delas é a idade. Cerca de quatro em cada cinco mulheres são diagnosticadas após os 50 anos. Outros fatores que contribuem com a doença são, obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo e inatividade física, primeira menstruação antes dos 12 anos, primeira gravidez após os 30 anos, histórico familiar de câncer de ovário bem como de mama entre outros fatores.
Fatima dos Santos Benevides (XX) é recepcionista do centro obstétrico do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) há 18 anos, sempre muito cuidadosa com sua saúde, em meados de 2018 durante a realização dos exames de rotina a mamografia constatou que ela tinha câncer de mama.
Diante do diagnóstico Fátima foi submetida a mais exames complexos como ressonância magnética, core biopsia, dentre outros que serviram apenas para confirmar o diagnóstico.
“Veio o desespero, pensei que ia morrer, chorava dia e noite, perdi a vontade de tudo, porém o apoio completo da minha família me fez ver a situação de um jeito diferente”, relata Dona Fátima, como é conhecida pelos colegas de hospital. A partir desse momento sua vida mudou completamente. Fátima optou pela cirurgia e realizou todos os procedimentos prévios para que pudesse operar, “Comecei a fazer os exames para a cirurgia e graças a Deus, ela foi um sucesso”. O pós-cirúrgico culminou em 4 ciclos de quimioterapia, 28 sessões de radioterapia. Hoje, 2 anos após a saga, Fátima está curada: “Graças a Deus que descobri o caroço em tempo”, concluiu.
Para a diretora-presidente do HRMS, Rosana Leite de Melo, histórias como da Dona Fátima poderiam ser mais comuns no meio oncológico, se as pessoas levassem mais a sério os exames preventivos. “É comum, principalmente aos homens, acharem que não tem nada e nada vai acontecer, mas é errado pensar assim. Exames e tratamentos precoces diminuem, sobremaneira, os casos de mortalidade por câncer e de outras doenças que têm tratamento. Campanhas como Outubro Rosa e Novembro Azul são importantíssimas para despertar nas pessoas a necessidade de procurar um médico de forma regular, prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida”, pondera.
Fonte: DEPQI/HRMS (out/2020)
Iza Rocha – Assessoria de Comunicação/HRMS